Na última quinta-feira (22), o euro atingiu o menor valor frente ao dólar em duas décadas, caindo para US$ 0,9810. No Brasil a cotação do euro foi de aproximadamente R$5.
A queda ocorreu logo após o presidente russo, Vladimir Putin, ordenar a mobilização de até 300 mil reservistas, o que sugere um recrudescimento da Guerra da Ucrânia, e também depois do Federal Reserve – o banco central dos EUA – promover um novo aumento na taxa de juros norte-americana.
O Fed americano já previu novas altas na taxa básica de juros, o que surpreendeu até os analistas de mercado.
O Banco Central Europeu (BCE), por sua vez, aderiu aos esforços para conter a inflação, mas vem enfrentando dificuldades. Assim como outros reguladores das economias ocidentais desenvolvidas, o BCE manteve sua taxa de juros próxima a zero quase que ininterruptamente desde a crise financeira global de 2008. A meta era promover o crescimento econômico e limitar a inflação a em torno de 2%.
Porém, as perturbações na cadeia global de abastecimento geradas pela pandemia de Covid-19 e, em seguida, o impacto no preço de produtos essenciais, em consequência da Guerra da Ucrânia, contribuíram para impulsionar a inflação rumo aos 10%. Essa alta faz com que os bancos aumentem as taxas na tentativa de exercer algum controle.
Em julho, a moeda europeia havia atingido a paridade com o dólar pela 1ª vez em 20 anos.
Baixas de outras moedas ao redor do mundo
Além do euro, outras moedas internacionais, como o dólar de Singapura, a coroa sueca, o won sul
coreano também perderam valor frente ao dólar americano.
A libra esterlina britânica registrou o valor mais baixo em 37 anos, atingindo US$ 1,1233. O iene chinês caiu 20% em relação à moeda americana em 2022, e chegou a US$ 144,29, se aproximando da pior queda em 24 anos.
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