Na última quinta-feira (20), os governos da Espanha, França e Portugal entraram em um acordo sobre a construção de um gasoduto que conectará Barcelona à francesa Marselha pelo Mar Mediterrâneo. A obra faz parte do plano europeu de diminuir a influência da Rússia na segurança energética do continente.
Espera-se que o novo gasoduto transporte inicialmente gás natural para a França e, em seguida, para outros países da Europa. Mais tarde, a estrutura deve ser usada para o carregamento de hidrogênio verde, combustível renovável produzido a partir da água, por meio de um processo térmico.
Porém, o projeto até o momento apenas uma ideia no papel, já que são incertas as origens do financiamento da construção, a capacidade do novo gasoduto, e as datas de início de sua operacionalização.
De acordo com a emissora Euronews, autoridades estimam que a estrutura começará a funcionar apenas no final da década. Os líderes dos três países voltarão a se encontrar no início de dezembro.
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, disse que o gasoduto “é uma resposta aos pedidos de solidariedade de nossos parceiros europeus diante da chantagem de Vladimir Putin”.
O projeto ratifica o fim do Midcat, gasoduto de 226 quilômetros que deveria conectar a rede de gás da Espanha à da França, atravessando a cordilheira Pirineus. A obra era apoiada pelos espanhóis e portugueses.
Ainda nesta quinta, os três países anunciaram novas ligações de gás entre Portugal e Espanha.
Atualmente, a Espanha tem a maior capacidade de regaseificação (transformar gás natural liquefeito em gás natural) da União Europeia, representando 33% de todo o combustível no continente e 44% da capacidade de armazenamento. Os Estados Unidos e a Nigéria estão entre os principais fornecedores de Madrid.
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