Ao final do dia de ontem (17), o dólar no mercado paralelo da Argentina – conhecido também como “dólar blue” estava sendo negociado em 378 pesos, o maior valor desde março de 1991.
A escalada da moeda americana provocou um movimento do Banco Central argentino, que precisou vender 23 milhões de dólares para conter a disparada — foi a primeira vez, em 2023, que a autoridade monetária atuou no mercado.
A medida reduziu o excesso obtido durante o mês de 285 milhões de dólares para 262 milhões de dólares.
Apenas ao longo do mês de janeiro, o dólar acumula uma alta de 32 pesos, o que representa uma expansão de 8%, que o põe como o ativo de maior valorização em todos os tipos de câmbio da Argentina.
O dólar blue só perde para o “dólar Catar”, que custa o equivalente a 379 pesos e é outro apelido para a moeda americana comprada em pesos, associada à Copa do Mundo realizada no país árabe.
A cotação oficial fechou o dia em 189 pesos, portanto, a a diferença entre a cotação do dólar paralelo e a cotação do governo é de 107%.
Essa diferença é atrelada, principalmente, à inflação, que em 2022 foi de 94,8%. Além disso, existem fatores como as políticas econômicas adotadas nos governos desde 1975, além da instabilidade institucional.
Desde 1975, a Argentina passou por sete crises econômicas. No total, o país sul-americano foi governado por 19 presidentes da República, sendo quatro provisórios, uma civil derrubada por militares, dois militares derrubados em golpes de outros militares e dois civis eleitos que renunciaram.
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