Em reunião realizada na tarde desta quarta-feira (3), o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a Selic, taxa básica de juros, em 0,5 ponto percentual, para 13,75% ao ano. A decisão confirma as expectativas do mercado.
A alta é a última seguida, após um ciclo de aperto monetário que começou em março de 2021, quando a Selic foi da mínima histórica de 2% para 2,75%.
Até maio, os comunicados do BC indicavam que a autoridade monetária pretendia encerrar o ciclo de elevações em junho. No entanto, as altas além do previsto – promovidas pelo Federal Reserve (Fed, Banco Central dos Estados Unidos) e do Banco Central Europeu – adicionaram pressão sobre os juros brasileiros.
O ambiente externo mantém-se adverso e volátil, com maiores revisões negativas para o crescimento global em um ambiente inflacionário ainda pressionado. O processo de normalização da política monetária nos países avançados tem se acelerado, impactando o cenário prospectivo e elevando a volatilidade dos ativos
afirma a ata da reunião
Desde a última reunião, feita em junho, o Copom observou “crescimento ao longo do segundo trimestre, com uma retomada no mercado de trabalho mais forte do que era esperada pelo Comitê“
Em comunicado, o BC também mostrou suas projeções atualizadas para o próximo ano.
Para 2023, o Copom prevê que a inflação coincida com a meta de 3,25%. Mas as expectativas continuaram subindo até 4,6% para o ano que vem, quando em maio passado eram de 4%, segundo pesquisa do jornal Valor Econômico.
As projeções para a inflação são de 7,2% para 2022, 5,3% para 2023 e 3,3% para 2024.
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