Entre os setores analisados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), a Construção foi o que liderou o fechamento de vagas no trimestre encerrado em março, com 252 mil demissões em relação ao trimestre terminado em dezembro de 2021.
Divulgada hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a Pnad Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. Publicada trimestralmente, conta com uma amostra que corresponde a 211 mil domicílios.
Na passagem do trimestre que encerrou 2021 para aquele que iniciou 2022, a extinção de vagas nas atividades pesquisadas se comportou da seguinte maneira:
- Comércio: – 104 mil ocupados;
- Indústria: – 90 mil ocupados;
- Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e agricultura: – 138 mil ocupados;
- Informação, comunicação e atividades financeiras: – 95 mil ocupados;
- Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: – 31 mil ocupados;
- Serviços domésticos: – 86 mil ocupados.
Os únicos componentes que apresentaram contratações foram Alojamento e Alimentação (+142 mil), Transporte (+124 mil) e Outros Serviços (+41 mil).
“A construção foi, sim, bastante afetada. Ela tem na sua composição ocupacional muitos trabalhadores informais, principalmente o conta própria sem CNPJ e empregados sem carteira assinada. Então essa queda na construção contribui bastante para essa redução na informalidade”.
explicou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.
Na comparação de um ano, todas as atividades apresentaram ganhos:
- Agricultura: 211 mil;
- Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: 292 mil;
- Construção: 815 mil;
- Comércio: 2 milhões;
- Alojamento e alimentação: 1,3 milhão;
- Serviços domésticos: 921 mil;
- Indústria: 931 mil;
- Informação, comunicação e atividades financeiras: 439 mil;
- Transporte: 469 mil;
- Outros serviços: 811 mil.