O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) cresceu 5,1% em relação a maio, alcançando 122,4 pontos, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Apontando para a melhora do otimismo dos comerciantes brasileiros no mês, o indicador registrou o seu maior nível desde março de 2020.
O resultado representa o terceiro avanço consecutivo no Icec, impulsionado pelo crescimento no volume de vendas. Na comparação com junho de 2021, o indicador de confiança teve expansão de 24,4% em junho de 2022.
Entre os componentes analisados, o de Condições Atuais também apresentou o maior nível desde março de 2020. Na passagem de maio para junho, avançou 9,9%, para 105,0 pontos.
Porém, houve melhora em todos os itens investigados: economia (alta de 12,4% em junho ante maio), setor (9,7%) e empresa (8,1%).
No componente de Expectativas do Empresário do Comércio, registrou-se o terceiro avanço consecutivo, com crescimento de 3,5%, para 152,4 pontos. Houve melhoras nas expectativas para a economia (alta de 4,5%), o setor (3,2%) e a empresa (2,7%).
E, por fim, o componente de Intenções de Investimentos teve expansão de 3,6% em junho ante maio, para 109,8 pontos, devido a avanços também em todos os itens: contratação de funcionários (4,2%), empresa (6,0%) e estoques (0,5%).
A CNC avalia que o aumento nas vendas a despeito da inflação persistente e dos juros elevados melhorou a percepção dos comerciantes, que preveem um segundo semestre favorável para o setor.
De acordo com Izis Ferreira, responsável pelo levantamento, as medidas de injeção de recursos, como o Auxílio Brasil e os saques extraordinários do FGTS, seguem produzindo efeitos positivos no consumo e viabilizando o pagamento de dívidas.
“Com o ticket médio das vendas correntes mais baixo, o comércio aposta na recorrência das compras e na substituição de marcas caras, o que também explica o bom desempenho das vendas no contexto da disseminação da alta dos preços aos consumidores”
disse Izis
Além disso, o Icec mostrou que as expectativas positivas dos varejistas de grande porte para os próximos meses saltaram entre abril e junho deste ano, de 143,8 pontos para 150,6 pontos, o que pode sinalizar uma tendência para o setor como um todo.