Em linha com as projeções do mercado financeiro e do governo, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou sua projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 de 1,4% para 3,1%.
As novas previsões, publicadas no Informe Conjuntural do 3º trimestre, também trazem boas perspectivas para o setor, cujo crescimento esperado passou de 0,2% para 2,0%.
Conforme o documento, a melhora no ambiente para a indústria deve-se principalmente ao processo de normalização das cadeias globais de suprimento a partir do segundo trimestre do ano, o que possibilitou que a produção no setor continuasse a se recuperar ao longo de 2022.
A projeção de de queda de 1,5% no PIB da indústria da transformação neste ano foi revertida para uma estimativa de crescimento de 0,6%.
Contudo, o grande destaque das revisões se deve ao desempenho do PIB da indústria da construção, cuja perspectiva de avanço saltou de 2,0% para 7,0% neste ano.
A CNI afirmou que o segmento recebeu um novo impulso com a ampliação do programa habitacional do governo federal (Casa Verde e Amarela).
Dessa forma, a estimativa da CNI para o crescimento do PIB de serviços em 2022 passou de 1,8% para 3,8%, enquanto para a agropecuária estimativa passou de zero para uma retração de 1,7%.
Juntamente com o PIB mais forte neste ano, a entidade prevê uma taxa de desemprego menor, de 9,3% ante 10,8% no documento anterior. Da mesma forma, a projeção para a inflação em 2022 passou de 7,6% para 5,9%.
Robson de Andrade, presidente da CNI, considerou necessário avançar com a reforma tributária para que o ritmo de crescimento de 2022 continue nos anos seguintes.
“O Brasil precisa crescer de forma sustentada, elevar a renda média da população e colocar-se entre os países mais desenvolvidos. Para isso, devemos implementar, com urgência, ações consistentes que incentivem os investimentos e aumentem a competitividade e a produtividade das empresas”, avaliou. “Estamos seguros de que deputados e senadores continuarão dando as respostas de que o País necessita”, disse o presidente da confederação.
Entre em contato com a redação Money Crunch: [email protected]