Em relatório divulgado na última terça-feira (5), a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostrou que a inflação anual do Brasil registrada no mês de maio figura entre as maiores do mundo, superando a média de organismos internacionais, como a própria OCDE, o G-7 e o G-20.
Mesmo que tenha desacelerado de 1,06%, em abril, para 0,47% em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), métrica oficial da inflação brasileira, acumula 11,7% em 12 meses, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em maio deste ano, a inflação dos 38 países-membros da OCDE, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC), subiu para 9,6%, ante 9,2% no mês anterior. Segundo o texto, este é o aumento de preços mais acentuado desde agosto de 1988.
O IPC médio das 20 maiores economias do mundo, que formam o G-20, também subiu no período, passando dos 8,5% registrados em abril para 8,8% em maio de 2022.
Entre os países deste grupo, o Brasil só ficou atrás da Turquia (73,5%), da Argentina (60,7%) e da Rússia, que, embora esteja incluída nas estimativas do G-20, não tem os dados no relatório. Em maio, a inflação russa ficou em 17,1%, conforme estimativas do país.
Já no G-7, a inflação média dos países ficou em 7,5% no mês passado, contra 7,1% em abril. A taxa aumentou em todos os países do G-7, exceto no Japão, onde ficou estável (em 2,5%), com os maiores aumentos entre abril e maio de 2022 registrados no Canadá e na Itália, apontou a OCDE.