Em março, o Brasil teve um déficit US$2,764 bilhões em transações correntes, segundo informações divulgadas hoje (25) pelo Banco Central. Com isso, o déficit em 12 meses fica em 1,41% do Produto Interno Bruto (PIB).
A apresentação dos dados de março originalmente ocorreria no fim de abril, mas as divulgações pelo BC seguem atrasadas mesmo após o fim da greve de servidores do órgão.
O país recebeu US$7,581 bilhões em investimentos no mês. Em comparação com março de 2021, essa conta havia sido de US$7,010 bilhões de dólares.
O superávit da balança comercial foi de US$6,109 bilhões, contra déficit de US$514 milhões do mesmo mês do ano passado.
O movimento foi impulsionado por um crescimento do valor das exportações, de 21,1%, sob efeito da elevação de preços de commodities, enquanto as importações tiveram queda de 5,8%.
Porém, os dados foram puxados para baixo por conta do déficit na conta de renda primária, de US$6,953 bilhões de dólares, ante rombo de US$4,126 bilhões em março de 2021.
No segmento, as remessas líquidas de lucros e dividendos aumentaram para US$4,981 bilhões de dólares, ante US$2,821 bilhões de dólares em mês equivalente do ano passado. A despesa líquida com juros, por sua vez, somou US$1,966 bilhão de dólares no mês, ante US$1,312 bilhão de dólares em março de 2021.
Enquanto isso, o rombo na conta de serviços ficou em US$2,188 bilhão. Na comparação interanual, o valor era de US$1,058 bilhão.
Por fim, o BC divulgou que os gastos líquidos com viagens internacionais subiram a US$648 milhões, de US$100 milhões há um ano.