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Boletim Focus: IPCA avança para 0,42%, mas PIB e Selic ficam estáveis

No Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (7) pelo Banco Central, os analistas e economistas do mercado financeiro elevaram novamente as expectativas para a inflação de 2022.

Sobre os outros indicadores econômicos, o mercado manteve as projeções para o PIB, juros e câmbio.

IPCA

A expectativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial do país) foi de alta de 0,41% para 0,42%. Há um mês, era de 0,34%.

Para o IPCA de novembro, a estimativa continuou em 0,40%, contra 0,46% um mês antes. Já para dezembro, a previsão para o indicador passou de 0,68% para 0,66%. Há quatro semanas, estava em 0,71%.

A previsão para a inflação suavizada para os próximos 12 meses também continuou em alta de 5,13%. Estava em 5,20% há um mês.

IGP-M

O mercado financeiro continua revisando para baixo o cenário para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) este ano.

A mediana saiu de alta de 6,42% para 6,35%, a 19ª queda consecutiva da estimativa. Há um mês, a mediana era de 7,79%.

A estimativa para 2023 cedeu de 4,57% para 4,55%. Quatro semanas antes o porcentual esperado era de 4,59%.

Calculados pela Fundação Getulio Vargas (FGV), os Índices Gerais de Preços (IGPs) são afetados pelo desempenho do câmbio e pelos valores dos produtos de atacado, como as commodities.

PIB

O Boletim Focus mostrou estabilidade no cenário de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, mas aumento na projeção para 2023.

A mediana para a alta do PIB em 2022 continuou em 2,76%, contra 2,70% há um mês. Já a estimativa para a expansão do PIB em 2023 avançou de 0,64% para 0,70%, ante 0,54% um mês antes.

Considerando apenas as 50 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 passou de 2,74% para 2,77%. No caso de 2023, houve 49 atualizações nos últimos cinco dias úteis, com variação da mediana de 0,76% para 0,70%.

O Focus também mostrou manutenção da projeção para o crescimento do PIB em 2024, em 1,80%. Para 2025, a mediana foi mantida em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,70% e 2,00%, nessa ordem.

Relação dívida x PIB

Houve uma leve melhora na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022: a mediana caiu de 58,60% para 58,45%, contra 58,40% um mês atrás.

Já a perspectiva para a relação entre resultado primário e o PIB deste ano se manteve em superávit de 1,00%. Há um mês, a mediana era de 0,91% do PIB. A relação entre déficit nominal e PIB em 2022 variou de 6,20% para 6,10%, contra 6,40% de quatro semanas antes.

O que é resultado primário e resultado nominal? O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB passou de 62,95% para 62,90%, de 63,23% há um mês.

A mediana para o déficit primário seguiu em 0,50% do PIB, mesmo porcentual de quatro semanas antes. Para o rombo nominal, a projeção variou de 7,70% do PIB para 7,50%, após 14 semanas de estabilidade.

Selic

O mercado financeiro manteve pela vigésima semana consecutiva a projeção para a taxa Selic – taxa básica de juros – no fim deste ano em 13,75%.

Contudo, para o término do ano que vem, já é nona semana que o porcentual esperado está em 11,25%.

Considerando apenas as 74 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para o juro básico no fim deste ano também seguiu em 13,75%. Para o término de 2023, contudo, houve revisão baixista, de 11,25% para 11,00%.

No Copom de outubro, o Banco Central manteve pela segunda reunião consecutiva a taxa Selic em 13,75% ao ano. A autoridade monetária ainda voltou a indicar a estabilidade da Selic nesse patamar por “período suficientemente prolongado”.

Conforme o Boletim Focus, a previsão para a Selic no fim de 2024 continuou em 8,00%, mesmo porcentual de um mês atrás. Já a mediana para o fim de 2025 subiu de 7,75% para 8,00%, contra 7,75% de quatro semanas antes.

Câmbio

Em relação ao dólar, as apostas para 2022 continuaram em R$ 5,20 pela 14ª semana seguida, assim como para 2023, também permaneceram em R$ 5,20.

Porém, para 2024, a expectativa do preço do dólar ficou mantida em R$ 5,10, enquanto para 2025, subiu de R$5,15 para R$ 5,18.

Entre em contato com a redação Money Crunch: [email protected]

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