O banco francês BNP Paribas, conhecido por seus serviços bancários e financeiros no continente europeu, aumentou a projeção para alta do IPCA para 10% ao ano.
A variação de 1,5 ponto percentual causará um impacto mais forte e duradouro de pressões inflacionárias, segundo a instituição.
O avanço do IPCA também foi projetado para 2023, na visão do BNP. Na análise de agora, considera que a alta seja de 0,5 ponto percentual, passando para 5,0%.
Com isso, todas as estimativas do banco para a inflação são acima do centro das metas oficiais, que são de 3,5% para este ano e 3,25% para o ano que vem – considerando margem de tolerância de 1,5% para mais ou menos.
Entre as frente revisadas para alta, estão petróleo, alimentação em casa, restrições globais nas cadeias de suprimentos e aquecimento do setor de serviços, com liberação do FGTS.
No relatório assinado Gustavo Arruda, chefe de pesquisa para América Latina, e Laiz Carvalho, economista para Brasil, as considerações foram as seguintes:
- Combustíveis: expectativa de aumento adicional de 15% nos próximos meses
- Alimentação: previsão de alta de 17,1% no ano, ante 13,8%
“À medida que o conflito entre Ucrânia e Rússia continua, o mundo sofre com menor produção global de trigo e altos preços de fertilizantes”, explicam os analistas.
Para os juros, o BNP espera que a taxa Selic atinja 14,25% até o fim de 2022. E, ao final de 2023, estará em 10,50%. Porém, com o próximo comunicado de política monetária do Banco Central, divulgará novas previsões.
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