O preço do Bitcoin atingiu a marca histórica de US$ 66.140 nesta quarta-feira (20), deixando para trás o último recorde estabelecido em 14 de abril deste ano, de US$ 64.800.
A valorização da principal criptomoeda do mercado acontece depois de alguns meses de altos e baixos, em que o BTC chegou a ser cotado na faixa dos US$ 30 mil.
Importante destacar que mesmo depois de recuar mais de 50% em pouco tempo, a exposição ao bitcoin continuou sendo defendida pela Convex Research, que deixou claro para os assinantes que os fundamentos de longo prazo não haviam sido afetados.
Em maio deste ano, quando o BTC havia passado por uma desvalorização expressiva em poucas semanas, Richard Rytenband, CEO da Convex Research, ressaltou a importância de investir no ativo baseado em fundamentos.
Veja um trecho do artigo que publicamos neste blog no dia 21/05/2021 (e clique aqui para ler o texto completo)
“Estamos muito tranquilos neste momento. Conhecemos o que se passa no ecossistema das criptomoedas, entendemos a etapa do ciclo em que estamos e sabemos o que fazer aguardando os desdobramentos”, afirmou o economista .
Ele lembra que, no mercado de criptomoedas, a necessidade de ter uma exposição controlada e baseada em fundamentos é ainda mais evidente por conta das grandes oscilações. “As criptomoedas são a classe de ativos mais volátil do planeta. Por isso, é preciso se expor da maneira correta”, disse.
Rytenband é criador do CFM (Cripto Fragility Model), relatório que adota uma modelagem específica para criptomoedas, baseado nos conceitos de antifragilidade e utilização de inteligência artificial para mapeamento do sistema.
O CFM usa a tecnologia de Big Data (grandes quantidades de dados) para coletar e analisar milhares de informações do ecossistema de cada criptoativo.
“Em janeiro de 2018 disponibilizei acesso ao público do meu modelo para exposição em bitcoin e demais criptomoedas, o Cripto Fragility Model. Quase 4 anos depois, estamos com performance acumulada em dólares de 1.663,15%. No mesmo período, o Bitcoin subiu 325,28%.Em reais, o CFM proporcionou que muitas famílias multiplicassem seu patrimônio em dezenas de vezes. O meu maior orgulho é que tivemos performance consistente, sem ninguém passar apuros com a grande volatilidade deste mercado”, afirmou Rytenband.
Ele continuou destacando a relevância das criptomoedas na evolução global.
“Ainda que o Crypto Fragility Model tenha proporcionado a muitas famílias multiplicarem em muitas vezes o seu patrimônio, isto ainda é pequeno diante da importância do ecossistema das criptomoedas para o mundo, principalmente como força contrária a governos tiranos”, disse.
Por fim, Rytenband afirmou que o investidor deve ter cuidado com exposições motivadas apenas pelo preço atual de qualquer criptomoeda, feitas sem nenhum tipo de controle de risco. “No curto prazo, cuidado com a euforia. No médio prazo, se ainda não conhece esse universo, comece o quanto antes. Ignorar esse movimento é similar a desperdiçar as oportunidades que a internet proporcionou nas últimas décadas”, destacou.
Novo ETF nos EUA
O salto dos últimos dias no preço do Bitcoin acontece em meio à estreia do ETF ProShares Bitcoin Strategy (BITO), primeiro ETF de criptomoeda negociado no mercado norte-americano. O fundo de índice teve suas negociações iniciadas na Bolsa de Nova Iorque na última terça-feira e já atingiu uma enorme popularidade.
Além do BTC, os ganhos também ocorreram entre as 20 maiores criptos do mundo. O resultado foi um aumento na capitalização do mercado de criptomoedas para US$2,566 trilhões – destes, US$1,3 trilhão pertencem ao Bitcoin.
Em comparação com o valor de mercado do ether (US$479 bilhões), o Bitcoin é quatro vezes maior, e em comparação com a binance (US$84 bilhões), é 15 vezes maior.
Desde o ano passado, o preço do Bitcoin subiu em torno de 450%. Apenas em 2021, a valorização acumulada é de 127%.