Em comunicado publicado nesta terça (20), o Banco Mundial cortou suas projeções para o crescimento da economia chinesa este ano e no próximo. Agora, a instituição espera que o PIB da China tenha alta de 2,7%, ficando bem abaixo da previsão de avanço de 4,3% feita em junho. Para 2023, diminuiu a estimativa de 5,2% para 4,3%
Caso essa expectativa de concretize, o resultado ficaria consideravelmente inferior à meta de crescimento de “cerca de 5,5%”, estabelecida pelo governo chinês no início do ano.
No documento, o Banco define como “irregular” a recuperação da segunda maior economia do planeta, apesar dos esforços do governo para apoiar a retomada. Dessa forma, as perspectivas estão sujeitas a “riscos significativos”, de acordo com o relatório.
A instituição cita que surtos de Covid-19, a possibilidade de restrições à mobilidade e a cautela do consumidor podem levar a um impacto econômico ainda mais duradouro da pandemia. O cenário de incerteza é completa por “estresses persistentes” no setor imobiliário.
“A economia da China também é vulnerável às mudanças climáticas, às perspectivas de crescimento mundial altamente incertas, ao aperto maior do que o esperado nas condições financeiras globais e ao aumento das tensões geopolíticas”, pontuou o Banco Mundial no relatório.
A recomendação, na visão do banco, é que Pequim deve ampliar a campanha de vacinação contra o coronavírus e melhorar a eficiência de hospitais para os casos mais severos da doença.
No âmbito macroeconômico, medidas de apoio serão necessárias no curto prazo, mas devem ser direcionadas para “investimentos verdes”, ao invés dos tradicionais gastos com infraestrutura.
Dessa forma, o governo “não apenas apoiaria a demanda de curto prazo, mas também contribuiria para um crescimento mais inclusivo e sustentável no médio prazo”.
Ao final, o Banco Mundial alerta que reformas estruturais profundas sejam retomadas e que novos esforços sejam feitos para reduzir o desemprego entre os mais jovens.
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