Nesta quinta-feira (2), o Banco da Inglaterra aumentou a taxa de juros pela 10ª vez consecutiva, para 4,0%, o maior patamar desde 2008, quando estava em 3,5%. A decisão foi tomada por 7 a 2 durante a reunião.
No comunicado publicado pelo BC britânico, a autoridade monetária retirou a promessa de continuar aumentando-a “vigorosamente” se necessário e disse que a inflação provavelmente havia atingido o pico.
A alta veio em linha com o esperado pela maioria dos investidores e economistas.
Atualmente, o Banco da Inglaterra está tentando conter os riscos da taxa de inflação de 10% no Reino Unido sem aprofundar a recessão esperada. No texto, afirmou que que sua série de aumentos de juros que remontam a dezembro de 2021 provavelmente terá um impacto crescente sobre a economia.
Esse movimento deve ajudar a reduzir a inflação para cerca de 4% até o final deste ano. Anteriormente, o banco havia previsto uma inflação de cerca de 5% em 2023.
“Se houver evidência de pressões mais persistentes, então será necessário um maior aperto na política monetária”, declarou o Comitê de Polícia Monetária do banco central.
Anteriormente, o Banco da Inglaterra havia dito que “responderá com força, conforme necessário” a sinais de maior pressão inflacionária, e “e novos aumentos na taxa de juros podem ser necessários”.
Agora, o banco central britânico projeta queda da inflação abaixo de sua meta de 2% no segundo trimestre de 2024, mas advertiu que há riscos ascendentes para esta previsão devido às persistentes pressões do mercado de trabalho e uma inflação mais alta do que o esperado e gerada domesticamente.
O Reino Unido ainda estava a caminho de uma recessão, mas provavelmente “muito mais rasa” do que se temia nas previsões de novembro, graças em grande parte a uma queda nos preços da energia, bem como a expectativas de taxas de mercado mais baixas.
A estimativa para o Produto Interno Bruto do Reino Unido é de contração de 0,5% em 2023. Em novembro, a previsão era de queda de 1,5%.
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