Nesta quinta-feira (15), o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) decidiu elevar sua taxa básica de juros em 50 pontos-base (pb), a 3,50%.
A decisão foi tomada por 6 votos a 3. Entre os dirigentes contrários, dois deles defendiam manutenção dos juros, enquanto um outro defendia alta de 75 pontos-base.
O comunicado do BoE relembra as projeções de política monetária de novembro, que apontavam para recessão no Reino Unido “por um período prolongado” e que o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) seguirá “muito elevado no curto prazo”.
O BC considera que a inflação deve recuar fortemente a partir de meados de 2023, para um pouco abaixo da meta de 2% no horizonte de projeção de dois a três anos. Porém, os riscos para a inflação são de alta.
O texto apontou que maioria dos gargalos globais nas cadeias de produção têm diminuído, mas com pressões inflacionárias globais ainda elevadas. O staff do BC projeta que o PIB do Reino Unido sofra contração de 0,1% no quarto trimestre de 2022, quando em novembro projetava queda maior, de 0,3%.
Além disso, o comunicado diz que o CPI deve cair gradualmente no primeiro trimestre de 2023, graças também a efeitos de base de comparação.
Paralelamente, o mercado de trabalho segue apertado, com pressões inflacionárias mostrando maior persistência e justificando a resposta na política monetária. A maioria do comitê julga que, caso a economia siga em linha com o esperado nas projeções de novembro, devem ser necessárias mais altas nos juros para garantir o retorno da inflação à meta.
Porém, existem “incertezas consideráveis na perspectiva”. Caso ocorra perspectiva que sugere pressões inflacionárias mais persistentes, o BoE diz que responderá de maneira decidida, conforme necessário.
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