Nesta quinta-feira (18), a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), órgão federal que regula a aviação civil no Brasil, realiza a sétima rodada de concessões de aeroportos. Entre os 15 aeroportos que serão leiloados à iniciativa privada, está o aeroporto de Congonhas, em São Paulo, o segundo maior do país.
O leilão acontece na B3, a bolsa de valores brasileira, na capital paulista. Originalmente, deveria ter deveria ter ocorrido no início do primeiro semestre mas acabou sendo remodelado após decisão do governo em retirar o terminal carioca de Santos Dumont da disputa.
Agora, a expectativa é de incerteza em torno da concorrência, uma vez que CCR, tida como uma das principais interessadas no leilão, anunciou nesta semana que não iria participar poucos dias depois de dizer que o certame fazia parte de sua estratégia.
Segundo o Ministério da Infraestrutura, os vencedores do leilão, que além de Congonhas inclui outros 14 aeroportos no Sudeste, Norte e Centro-Oeste, terão que investir pelo menos 7,3 bilhões de reais nos terminais ao longo de 30 anos de concessão.
Os interessados no leilão precisaram entregar as propostas até o início desta semana, na segunda-feira (15). De acordo com o Ministério da Infraestrutura, todos os blocos receberam propostas
Divisão do leilão em blocos
O leilão foi dividido em três blocos:
- Bloco Aviação Geral/Executiva: formado pelos aeroportos Campo de Marte, em São Paulo (SP) e Jacarepaguá, no Rio de Janeiro (RJ). A contribuição inicial mínima é de R$ 141,4 milhões. O valor estimado para todo o contrato é de R$ 1,7 bilhão;
- Bloco Norte II: integrado pelos aeroportos de Belém (PA) e Macapá (AP). A contribuição inicial mínima é de R$ 56,9 milhões. O valor estimado para todo o contrato é de R$ 1,9 bilhão;
- Bloco SP-MS-PA-MG: composto pelos aeroportos de Congonhas, em São Paulo (SP); Campo Grande, Corumbá e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul (MS); Santarém, Marabá, Parauapebas e Altamira, no Pará (PA); Uberlândia, Uberaba e Montes Claros, em Minas Gerais (MG). A contribuição inicial mínima é de R$ 740,1 milhões. O valor estimado para todo o contrato é de R$ 11,6 bilhões.
Com os leilões de hoje, 91,6% do tráfego aéreo no Brasil passa a ocorrer em aeroportos administrados pela iniciativa privada, segundo a Anac.
A relevância de Congonhas
A primeira rodada de concessão do aeroporto de Congonhas ocorreu em 2011, ainda antes da modernização e ampliação dos terminais mirando a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
A importância estratégica de Congonhas vem por conta de seu papel nas viagens de negócios e trânsito de executivos dentro do país, como na ponte aérea Rio-São Paulo. Até agora, o aeroporto é administrado pela Infraero, uma empresa estatal, com cerca de 600 voos por dia antes da pandemia e mais de 60 mil passageiros diários.
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