Na manhã desta quarta-feira (15) as ações do Credit Suisse despencavam mais de 20%, antes de terem suas negociações suspensas.
Os papéis do banco suíço ficaram abaixo de 2 francos suíços (US$ 2,18), fazendo com que o regulador de mercado suspendesse as negociações do papel várias vezes, uma vez que o volume disparou e a ação despencou.
O movimento de baixa foi impulsionado por comentários do Saudi National Bank, maior investidor da instituição financeira.
De acordo com informações da agência Reuters, o investidor saudita afirmou que não poderia fornecer mais assistência financeira ao banco suíço.
“Não podemos porque iríamos acima de 10%. É uma questão regulatória”, disse o presidente do Saudi National Bank, Ammar Al Khudairy, à agência.
Axel Lehmann, presidente do Credit Suisse, afirmou que a ênfase em reduzir o risco do balanço está em andamento. Quando questionado se descartaria algum tipo de ajuda governamental no futuro, Lehmann respondeu: “Não é esse o assunto”.
“Somos regulamentados, temos fortes índices de capital, balanço muito forte. Estamos todos de mãos dadas. Portanto, esse não é o assunto”, declarou o presidente durante um de painel da CNBC, em Riad, na manhã desta quarta-feira.
Após as quedas acentuadas na sessão de hoje, outros bancos na Itália também tiveram os negócios suspensos, como o UniCredit, Finecobank e Monte Dei Paschi.
No final do ano passado, o Credit Suisse estava vendo retiradas significativamente maiores de depósitos, não renovação de depósitos a prazo e saídas líquidas de ativos em níveis que excediam substancialmente as taxas incorridas no terceiro trimestre de 2022.
No 4º trimestre do ano passado, o Credit Suisse viu retiradas de clientes de mais de 110 bilhões de francos suíços.
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