De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Consumo nos Lares Brasileiros cresceu 1,07% em janeiro de 2023 ante janeiro de 2022. Em comparação com dezembro, houve queda de 14,81%, por conta da sazonalidade.
Mesmo assim, o recuo foi menor do que o registrado na mesma base de comparação em 2022 (-21,22) e 2021 (-18,45%). Para 2023, espera-se crescimento de 2,5% para o setor.
“Tivemos consumo positivo em janeiro mesmo com todos os acontecimentos”, disse Marcio Milan, vice-presidente institucional da Abras.
Segundo Milan, o caso da Americanas, que entrou em recuperação judicial após um rombo de R$ 20 bilhões ser encontrado, trouxe instabilidade para o setor, bem como a invasão do Congresso. Porém, ainda assim, o consumo cresceu.
Sobre os impactos do caso Americanas no segmento e nas vendas de Páscoa, Milan afirmou que a associação ainda fará um levantamento para identificar possíveis redistribuições de produtos, inclusive de itens para além do feriado cristão.
Cesta Abrasmercado
A cesta Abrasmercado (que reúne 35 itens de largo consumo), acumula alta de 6,39% em 12 meses até janeiro e soma R$ 754,98. A variação mensal foi de 0,08% nos preços.
Na cesta de alimentos básicos (que monitora 12 produtos) a variação frente a dezembro de 2022 foi de 0,25%. Em janeiro, essa cesta de produtos somou R$ 318,35.
Expectativas
O executivo reafirmou que a Abras deve revisitar a previsão de crescimento do setor para 2023 no meio do ano, mas afirmou que, até o momento, os indicativos são positivos para o setor.
Milan citou o atual patamar do salário mínimo, em R$ 1.302, bem como um possível novo reajuste em maio.
No referente a fatores negativos que possam afetar a previsão de crescimento ele citou a extensão da guerra na Ucrânia e altas da inflação. Contudo, a seu ver, não há fatores para acreditar que o setor supermercadista não alcance alta de 2,5% em 2023, sobre uma alta de 4% em 2022.
Quando questionado sobre sobre uma possível revisão da meta de inflação para o País, Milan respondeu que o papel do setor será “seguir fazendo sua função de negociar e procurar levar o menor preço para o consumidor”.
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