Segundo informações divulgadas hoje (15) pelo Bacen, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou em junho avanço de 0,69%, demonstrando um crescimento da atividade econômica após dois meses consecutivos de quedas.
A leitura informada pelo BC nesta segunda-feira ficou bem acima da expectativa em pesquisa da Reuters, que previa ganho de apenas 0,25%.
Porém, o banco revisou o dado de maio para uma contração de 0,26%, depois de informar anteriormente queda de 0,11%. Em abril, o índice apresentou recuo de 0,52% na comparação mensal.
O IBC-Br registrou no segundo trimestre expansão de 0,57% na comparação com os três meses anteriores, mas mostrou perda de força depois de ter avançado 1,12% de janeiro a março.
O fechamento do segundo trimestre mostra avanço comparado ao trimestre anterior, o quarto seguido de variação positiva, e coloca perspectiva positiva para a atividade no ano. Em contrapartida, a desaceleração da atividade global, a queda recente dos preços das commodities e o impacto defasado da política monetária devem contribuir para desaceleração do ritmo de atividade no quarto trimestre.
disse Felipe Sichel, sócio e economista-chefe do Banco Modal
Na comparação com junho de 2021, o IBC-Br registrou alta de 3,09%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 2,18%, de acordo com números observados.
Setor de serviços ficou em destaque
Apenas o setor de serviços teve desempenho positivo em junho, com alta de 0,7%. Por outro lado, indústria brasileira interrompeu quatro meses seguidos de ganhos com queda acima do esperado de 0,4%, e as vendas no varejo recuaram 1,4%.
A pesquisa Focus realizada semanalmente pelo BC com uma centena de economistas aponta que a expectativa é de que o PIB cresça 2,0% neste ano, indo a uma expansão de 0,41% em 2023.
No primeiro semestre de 2023 a economia deve sofrer o impacto defasado das condições monetária e financeira bastante restritivas de 2022 e o fim programado das medidas de estímulo fiscal. No entanto, vemos risco significativo de que muitas das medidas de estímulo fiscal da segunda metade de 2022 sejam prorrogadas para 2023.
avaliou Alberto Ramos, diretor de pesquisa econômica para a América Latina no Goldman Sachs
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