Segundo reportagem publicada na última segunda-feira (25) pela Bloomberg, a Coinbase, uma das três maiores exchanges do mundo, está sendo investigada pela SEC, agência federal que fiscaliza e regulamenta o mercado de valores mobiliários dos Estados Unidos, por listar títulos mobiliários.
A revelação acontece poucos dias após o ex-gerente de produtos da Coinbase ser preso por acusações de insider trading, mencionando que 9 dos 25 criptoativos eram securities.
Porém, a disputa da Coinbase com a SEC se iniciou no ano passado, quando a exchange também foi barrada ao tentar oferecer um programa de empréstimo aos seus clientes.
Desta vez, a Coinbase cita novamente que a SEC precisa oferecer uma maior clareza regulatória, pedindo para que a agência governamental siga modelos já em prática em outros países, incluindo o Brasil.
“Nossa petição pede à SEC que desenvolva uma estrutura regulatória viável para títulos de ativos digitais guiada por procedimentos formais e um processo público de aviso e comentário. Em vez de aplicação arbitrária ou orientação desenvolvida a portas fechadas.”
declara Faryar Shirzad, CPO da Coinbase
De acordo com a corretora, as regras da SEC são obsoletas e não funcionam para o mercado de criptomoedas.
Dessa forma, muitos se questionaram sobre a menção de que a Coinbase estaria oferecendo títulos mobiliários a seus clientes e por quais motivos a SEC estaria deixando isso acontecer.
A reportagem da Bloomberg aponta que a SEC já estaria investigando isso há um bom tempo, antes mesmo da prisão do ex-gerente de produtos da empresa.
Até o momento, o que se sabe é que é que a SEC considera que a Coinbase esteja oferecendo pelo menos nove títulos a seus clientes. Entretanto, este número pode ser bem maior, visto que estes dados não eram o foco principal da ação anterior.
Como consequência, o preço das ações da Coinbase, listadas na Nasdaq, voltaram a cair, após uma breve recuperação, e seguem 85% abaixo de seu preço de estreia.
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