À medida em que se aproxima o anúncio de novas medidas do Governo Federal para reanimar o programa habitacional Casa Verde e Amarela, a indústria da construção civil voltou a elevar nesta segunda-feira (25) sua perspectiva de crescimento para 2022.
Segundo informações da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), a estimativa agora é de 3,5%, apesar do cenário de inflação e alta de juros. No começo do ano, a projeção era de 2% e, em abril, foi elevada para 2,5%.
No início do mês, o Conselho Curador do FGTS aprovou, entre outras medidas, a elevação nos tetos de renda mensal de faixas do programa habitacional e reduziu juros para o programa Pró-Cotista até o final do ano.
O setor de construção encerrou o 1º trimestre registrando o maior patamar de atividades desde outubro de 2021, a 51,6 pontos.
O presidente da CBIC, José Carlos Martins, ressaltou durante uma entrevista coletiva que “se crescer 3,5%, vamos voltar pro patamar de 2015”. No final de maio, o setor empregava 2,46 milhões de pessoas, segundo dados do Ministério do Trabalho.
De toda a forma, o setor marcou de abril a junho o sétimo trimestre consecutivo de crescimento, algo que não acontecia desde 1996, segundo a Cbic.
Leda Vasconcelos explica que o “ano eleitoral contribuiu para a maior atividade do setor no semestre. Questionada sobre os impactos do aumento do Auxílio Brasil para 600 reais, ela estimou que pode ter uma parcela direcionada para o consumo ‘formiguinha’, de pequenas obras e reformas.