Pelo 3º mês consecutivo, o núcleo da inflação ao consumidor no Japão permaneceu acima da meta de 2% do banco central em junho, visto que as importações do país estão mais caras devido a pressão dos altos preços globais das matérias-primas.
Mesmo com as famílias japonesas se preocupando com custos de vida mais altos, o aumento dos preços ao consumidor desafia a visão do Banco do Japão de que as recentes altas na terceira maior economia do mundo continuarão a ser temporárias.
Segundo dados do governo, o núcleo do índice nacional de preços ao consumidor, que exclui os custos voláteis dos alimentos frescos mas inclui os da energia, subiu 2,2% em junho em relação ao ano anterior.
Alinhados com a expectativa do mercado, os dados expressam que a inflação ficou acima da meta de 2% do banco central pelo terceiro mês consecutivo, após altas de 2,1% em maio e abril.
De acordo com Takeshi Minami, economista-chefe do Instituto de Pesquisa Norinchukin, os orçamentos das famílias, especialmente entre as pessoas de baixa renda, enfrentaram a pressão dos preços mais altos dos alimentos que provavelmente esfriam o apetite por gastos pós-pandemia.
“A recuperação será bastante lenta. O impulso deveria ter sido forte se nada tivesse acontecido, mas o impacto dos aumentos de preços e uma sétima onda de Covid-19 a está suprimindo consideravelmente.”
acrescentou Minami