O PIB (Produto Interno Bruto) da China registrou forte desaceleração no segundo trimestre para 0,4% na comparação anual, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (15).
Na comparação com o trimestre anterior, houve queda de 2,6% na atividade econômica chinesa. Tanto na base mensal quanto na anual os números ficaram bem abaixo das estimativas do mercado.
A produção industrial em junho também ficou aquém das expectativas, subindo 3,9% em relação ao ano anterior, contra a previsão de 4,1%.
No segundo trimestre, a China continental enfrentou seu pior surto de Covid desde o auge da pandemia no início de 2020.
Diferentemente de outros países do mundo, o gigante asiático decidiu isolar e fazer lockdowns em cidades inteiras cada vez que um novo surto da doença é detectado – independentemente da quantidade de hospitalizações ou mortes, por exemplo.
Esses lockdowns são apontados como principais responsáveis pela redução do crescimento chinês.
Restrições rigorosas de contato social atingiram Xangai e outras grandes cidades por cerca de dois meses – serviços foram interrompidos e as pessoas precisaram fazer quarentenas em suas residências para evitar o contágio da doença.
Ao mesmo tempo, as restrições de viagens também contribuíram para interrupções na cadeia de suprimentos.
Em entrevista coletiva, o porta-voz do departamento de estatísticas da China, Fu Linghui, minimizou os impactos da Covid e os descreveu como “de curta duração”, destacando que a inflação da China está muito abaixo da dos EUA e da Europa.
Fu acrescentou que há “desafios” para atingir as metas econômicas para o ano inteiro.