Durante sua participação no Paris Europlace International Finance Forum, na última terça (12), o presidente do Banque de France (BC da França), François Villeroy de Galhau, disse que a primeira fase de experimentos com um euro digital por atacado foi concluída e os experimentos da Fase 2 começarão ainda este ano.
No evento, Villeroy de Galhau resumiu as conquistas da União Europeia na regulamentação de criptoativos sob a presidência francesa, mencionando o Regulamentos de Fundos de Transferência (Regra de Viagem) e de Mercados em Criptoativos (MiCA), especificamente.
Atualmente, o Eurosystem está analisando o escopo e o design de uma moeda digital do banco central do euro digital (CBDC).
Villeroy de Galhau explicou que a principal justificativa para um euro digital de varejo é manter o papel do dinheiro do banco central na economia, mesmo que esteja “ameaçado pela revolução digital”.
O banqueiro se mostrou u a favor da intermediação máxima no design, observando que os intermediários têm mais experiência do que os bancos centrais com relações com clientes e medidas de Anti-Lavagem de Dinheiro (KYC/AML).
“Acredito que o Eurosystem não deve ter o papel de gerir as participações digitais em euros: o Banque de France encerrou as suas últimas contas de clientes privados há mais de 20 anos e não pretende reabrir nenhuma.”
A CBDC de atacado, a ser usada para transferências interbancárias e transações similares, não será menos importante que uma de varejo.
O Banque de France projetou uma tecnologia proprietária de contabilidade digital, chamada DL3S, para um potencial sistema futuro. E também produziu uma plataforma de formador de mercado automatizado com base em um modelo financeiro descentralizado, onde as liquidações de vários CBDCs poderiam ser realizadas.
Entre os novos experimentos, estão o teste de um protótipo de euro digital com atores privados e outros bancos centrais em preparação para a implementação do regime piloto em 2023.