O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, teve alta de 1,83% em maio, segundo informações divulgadas nesta sexta (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com isso, a taxa de abril foi revista de um avanço de 1,94% para uma elevação de 2,08%.
O IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 9,06% no ano. A taxa acumulada em 12 meses foi de 19,15%.
Confira a variação de cada componente em maio:
- Indústria Extrativa: alta de 12,50%, após a redução de 11,54% registrada em abril;
- Indústria de Transformação: aumento de 1,24% em maio, ante uma alta de 2,96% no IPP de abril;
- Bens de Capital: 2,04% mais caros na porta de fábrica em maio, após alta de 0,15% em abril
- Bens Intermediários: avanço de 2,43% nos preços em maio, ante um aumento de 1,47% em abril
- Bens de Consumo: subiram 0,77% em maio, depois de uma elevação de 3,52% em abril.
Dentro dos bens de consumo, os bens duráveis tiveram elevação de 0,62% em maio, ante alta de 2,15% no mês anterior. Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis aumentaram 0,80% em maio, após a alta de 3,78% registrada em abril.
A elevação de 1,83% do IPP em maio teve contribuição de 0,14 ponto porcentual de bens de capital; 1,43 ponto porcentual de bens intermediários; e 0,27 ponto porcentual de bens de consumo, sendo 0,03 ponto porcentual de bens de consumo duráveis e 0,23 ponto porcentual de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.
Análise da atividades
Segundo os dados do IPP agora divulgados pelo IBGE, a alta de 1,83% nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica em maio foi decorrente de avanços em 21 das 24 atividades pesquisadas.
Em maio, as cinco maiores elevações de preços ocorreram nas indústrias extrativas (12,50%), papel e celulose (4,96%), fumo (4,55%), outros equipamentos de transportes (3,96%) e produtos de metal (3,64%).
Reduções foram notadas nos preços de máquinas e materiais elétricos (-0,27%), outros químicos (-1,31%) e limpeza e perfumaria (-2,53%).
As maiores contribuições para a inflação do mês foram as das indústrias extrativas (0,66 ponto porcentual), refino de petróleo e biocombustíveis (alta de 2,80% e impacto de 0,36 ponto porcentual) papel e celulose (0,14 ponto porcentual) e metalurgia (alta de 2,05% e impacto de 0,14 ponto porcentual).
“Sob um olhar do quadro geral a combinação de câmbio e preços internacionais foi importante na determinação da inflação industrial de maio. E, para além disso, a indústria ainda convive com constrangimentos de oferta e suprimento, com pressões de custo na aquisição de matérias-primas, combustíveis e energia em geral”.
explicou Felipe Câmara, analista da pesquisa do IBGE, em nota do instituto