O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 3,5 pontos em junho, para 79,0 pontos, segundo dados da FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgados nesta sexta-feira (24).
De acordo com a FGV, apesar da alta geral, entre os consumidores de baixa renda a avaliação sobre a situação no momento continua piorando enquanto suas perspectivas sobre os próximos meses continuam bastante voláteis, revelando elevada incerteza.
Já consumidores com renda mais alta, percebem melhora da situação financeira e pelo segundo mês, elevam suas intenções de compras, possivelmente efeito do estímulo dado pelo Governo
“Essas diferenças entre faixas são corroboradas também pelas perspectivas sobre emprego. Para as faixas mais baixas de renda, o indicador se encontra abaixo do nível neutro e para as faixas mais altas supera os 100 pontos, ressaltando a dificuldade que a classe mais baixa vem enfrentando. O cenário dos próximos meses se torna difícil de se prever, considerando que a proximidade das eleições deve continuar acentuando tais diferenças”, afirma Viviane Seda Bittencourt, coordenadora das sondagens.
Em junho, a alta do ICC foi influenciada tanto pela melhora da situação atual como das expectativas para os próximos meses.
O Índice de Situação Atual (ISA) melhorou 1,3 ponto para 70,4 pontos, melhor resultado desde julho de 2021 (70,9 pontos). O Índice de Expectativas (IE) avançou 4,9 pontos, para 85,9 pontos, compensando a queda do mês anterior.
Houve melhora da satisfação dos consumidores sobre o momento : o indicador que mede a percepção dos consumidores sobre a situação econômica variou 0,5 ponto para 76,7, apesar do ligeiro acréscimo ele é o melhor resultado desde agosto de 2021 (77,2 pontos).
Já o que avalia a situação financeira familiar subiu 2,1 pontos para 64,7 pontos, ambos continuam em nível baixo em termos históricos.