Esta semana começou com aversão ao risco nos mercados globais, à espera da decisão sobre a taxa de juros nos EUA, que acontece na quarta-feira (15). No Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) também decide sobre a taxa básica de juros da economia.
A pressão inflacionária segue entre as principais preocupações dos investidores. Na última sexta-feira (10), o Departamento de Trabalho dos EUA informou que a inflação medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) registrou alta de 1% no mês de maio.
Na base anual, a inflação norte-americana atingiu 8,6%, maior alta para o período desde 1981.
O núcleo do CPI, que exclui os preços de alimentos e energia, considerados voláteis, teve alta de 0,6% na comparação mensal.
Com a inflação batendo recordes, o Fomc (Comitê do Mercado Aberto, na sigla em inglês) deve continuar com o aperto monetário nos EUA, que atualmente está entre 0,75% e 1% ao ano.
A novidade é que após a alta acima do esperado do CPI, crescem as apostas de que o Fomc possa aumentar os juros em 0,75 ponto percentual na próxima reunião – algo que não acontece desde 1994.
Aqui no Brasil, a perspectiva é que o Copom eleve a taxa de juros em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano.
A inflação segue em alta no país, mas vem dando alguns sinais de desaceleração nos últimos indicadores divulgados.
Nesta quinta-feira (9), o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou desaceleração para 0,47% em maio, após ter alcançado 1,06% em abril.
O indicador é considerado a inflação oficial do país e acumula alta de 4,78% no ano. Em 12 meses, a variação ficou em 11,73%.