Conforme o estudo feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) subiu 5,7% em relação a abril, para 120,2 pontos, sendo o segundo mês consecutivo de altas.
Dessa forma, pode-se dizer que os comerciantes brasileiros ficaram mais otimistas no mês de maio. Na comparação com maio de 2021, houve crescimento de 31,6%.
Entre os componentes que compõem o indicador, as variações foram as seguintes:
- Condições Atuais do Empresário do Comércio: avanço de 11,8% em maio ante abril, para 102,2 pontos, retornando assim à zona considerada favorável, acima dos 100 pontos;
- Expectativas do Empresário do Comércio: crescimento de 3,7%, após quatro meses consecutivos de quedas, para o patamar de 150,8 pontos;
- Intenções de Investimentos: subiu 3,5% em maio ante abril, para 107,5 pontos.
De acordo com a CNC, o aumento no volume de vendas acima do esperado nos últimos meses injetou otimismo no comércio, “apesar de os preços no atacado ainda estarem comprimindo as margens e alterando a dinâmica de reabastecimento do comércio”.
“Espera-se que as medidas de suporte à renda e ao consumo, como os saques extraordinários do FGTS e a antecipação dos benefícios do INSS, tenham efeitos mais concentrados no consumo e pagamento de dívidas, na segunda metade do ano”
avaliou Iziz Ferreira, economista responsável pela pesquisa da CNC
Para a economista, o comércio também sentiu, em maio, mais facilidade em repor produtos nas prateleiras do que há um ano, quando o país ainda superava a segunda onda da pandemia de covid-19.
O cenário de melhora também foi observado na confiança entre as empresas varejistas de pequeno porte. A CNC apontou que o indicador de confiança cresceu 10,2% em um ano entre os grandes varejistas, enquanto que a expansão entre os pequenos empresários do setor no período foi de 32%.
A normalização do fluxo de consumidores nas lojas até abril estaria por trás do avanço do otimismo entre os pequenos lojistas, “já que a modalidade de venda em pontos físicos responde majoritariamente pelo faturamento dessas empresas”, disse a CNC.