A projeção do Bank of America sobre a expansão do PIB do Brasil neste ano elevou 1 ponto percentual, passando para 1,5%. Para o banco, a economia brasileira deve contar com termos de troca mais favoráveis e de estímulos fiscais, segundo relatório divulgado na última segunda (16).
“Os recentes desdobramentos na frente externa estão beneficiando mercados emergentes não europeus, como o Brasil. Especificamente, o aumento dos preços das commodities é um choque positivo nos termos de troca, impulsionando a balança comercial do país, elevando a produção e desbloqueando investimentos incrementais no setor primário.”
disse o Banco em relatório
Além dos fatores externos, como a alta de produtos a partir do início da guerra da Rússia e Ucrânia, o BofA declarou que, principalmente no segundo trimestre de 2022, “maiores estímulos fiscais anunciados pelo governo incrementarão a demanda agregada, ajudando a mitigar a deterioração das finanças das famílias”.
Portanto, referenciou-se à aspectos como a liberação de recursos de contas do FGTS, antecipação do 13º salário de aposentados e pensionistas do INSS,e ampliação da margem de empréstimos consignados.
Os resultados positivos de indicadores econômicos, como dados de vendas no varejo e volume de serviços, também contribuiu para a revisão da estimativa do banco para cima.
Projeções para 2023
Porém, o cenário esperado para 2023 na visão do BofA foi cortado pela metade, passando de 1,8% para 0,9%.
De acordo com o banco, o efeito cumulativo de juros mais altos só deve ter impacto mais forte na atividade econômica a partir do terceiro trimestre deste ano, o que consequentemente causára efeitos negativos em 2023.
“O consumo privado continuará sofrendo os efeitos defasados do aperto monetário no primeiro semestre de 2023, mas deve começar a se recuperar na segunda metade do ano”
Para a variação da taxa Selic, o Bank of America espere que seja atingido 13,25 no mês que vem e recuo a 10,5% ao longo de 2023.