Conforme relatório do Banco Mundial, as cotações de commodities apresentaram recuos nos próximos dois anos. Apesar do choque da alta das commodities observado nos últimos meses, a economia do Brasil deverá ser impulsionada pelas exportações e seus efeito financeiros.
Para as commodities energéticas, a expectativa é de alívio de 12,4%, em 2023, e 11,9%, em 2024. Já para aquelas classificadas como “commodities não energéticas”, o banco espera que os preços caem, em média, 8,8% no ano que vem e 3,2%, em 2024.
O mesmo é projetado pelo Bradesco, que considera um quadro de preços pressionados no curto prazo e um alívio no médio prazo.
“Considerando os juros mais elevados e a expectativa de alguma queda de preços de commodities”, o Itaú revisou sua projeção de crescimento da economia brasileira em 2023 para 0,2%, ante 0,5% anteriormente.
Porém, para 2022, o valor foi de 0,2% para 1%, segundo o banco.
Ainda mais otimista, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) estima crescimento econômico de 1,1% em 2022, seguido de um avanço de 1,7% em 2023.
De acordo com Francisco Luna, diretor do Ipea, no cenário estimado, considera-se a normalização dos preços de commodities após a resolução do conflito na Ucrânia, a manutenção da sustentabilidade da dívida pública e a melhora da pandemia.
Por outro lado, Luna pontua que o arrefecimento nos preços das commodities deixe de alavancar segmentos produtores e exportadores, mas, por outro lado, pode permitir que a inflação convirja para a meta perseguida pelo Banco Central em 2023, abrindo espaço para reduções na taxa básica de juros.