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Insegurança alimentar aguda no mundo cresceu em 2021, aponta ONU

Em um relatório publicado nesta quarta (4), a Organização das Nações Unidos alertou para o agravamento do índice de insegurança alimentar aguda no mundo ao longo do ano de 2021.

Segundo os dados, os conflitos, instabilidades climáticas e crise econômica fizeram com que quase 200 milhões de pessoas ao redor no mundo fossem classificadas dentro de uma situação de insegurança alimentar aguda – 40 milhões a mais em comparação com 2020.

A fatia de responsabilidade de cada causa é de:

  • Conflitos: causam a insegurança alimentar de 139 milhões de pessoas, principalmente em países que sofrem com crises políticas e humanitárias (Etiópia, Afeganistão e Iêmen);
  • Crise Econômica causada pela Covid-19: geraram a fome aguda para 30,2 milhões de pessoas;
  • Condições meteorológicas extremas: afetaram 23,5 milhões de pessoas em oito países africanos.

Distribuídas por 53 países, 193 milhões de pessoas necessitavam de ajuda urgente para conseguir sobreviver, explica a ONU.

Desde 2016, que marca a primeira publicação do relatório elaborado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e para a Agricultura (FAO), pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) e pela União Europeia (UE), este contingente vem aumentando.

Na América Latina e Caribe, cerca de 12 milhões de pessoas estiveram em situação de insegurança alimentar ao longo de 2021 – principalmente em lugares como Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua e Haiti, com 46% de sua população afetada.

Além de já serem afetados por catástrofes naturais, o relatório mostrou que a pandemia de Covid-19 colaborou para o agravamento da situação.

Sobre a guerra na Ucrânia, a previsão é de que o conflito prejudique países dependentes dos cereais ou fertilizantes de origem russa e ucraniana, como é o caso da Somália.

“Se não fizermos mais para apoiar as zonas rurais, a magnitude dos danos vinculados à fome e ao deterioramento do nível de vida será dramática. É necessária uma ação humanitária urgente e em larga escala”

disse a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e para a Agricultura (FAO) no relatório

Segundo a organização, são necessários US$1,5 bilhão em ajuda financeira – se aproveitando da temporada de plantio para aumentar a produção nas zonas de risco.

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