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Setor de serviços recua 0,2% em fevereiro, diz IBGE

O setor de serviços registrou queda de 0,2% no mês de fevereiro, segundo recuo mensal seguido que provocou perda de 2% frente ao nível de dezembro de 2021. As informações são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (12) pelo IBGE.

De acordo com o instituto, das últimas seis taxas do setor, quatro foram negativas (em agosto, setembro, janeiro e fevereiro) e duas foram positivas (em novembro e dezembro).

O gerente da pesquisa, Rodrigo Lobo, divide o comportamento do setor de serviços com a pandemia em quatro momentos: março a maio de 2020 foi de queda acentuada, acumulando perda de 17%; de junho a novembro de 2020 foi de rápida recuperação, com o setor acumulando ganho de 15,6%; já de dezembro de 2020 a agosto de 2021 houve uma desaceleração, mas ainda com crescimento acumulado de 9,7%; e de setembro de 2021 a fevereiro de 2022 o setor mostrou acomodação, variando 0,1% no período.

Duas atividades mostram queda

Das cinco atividades investigadas, duas tiveram retração no mês de fevereiro: serviços de informação e comunicação (-1,2%) e outros serviços (-0,9%)

Os serviços de informação e comunicação recuaram pelo terceiro mês consecutivo. Mesmo assim, a atividade está num patamar 8,6% acima de fevereiro de 2020.

“O que puxou a queda dessa atividade foram as telecomunicações, que caíram 2,8% em fevereiro. Esse segmento, que é o de maior peso na pesquisa, encontra-se 9,0% abaixo do patamar pré-pandemia”, explica Lobo.

A atividade de outros serviços, por sua vez, registra a segunda queda consecutiva, acumulando perda de 1,3% nos dois primeiros meses de 2022.

“O que puxou para baixo foi o segmento de coleta de resíduos não perigosos”, detalha Lobo. A atividade está 0,4% abaixo do patamar pré-pandemia.

Já os serviços prestados às famílias variaram 0,1% em fevereiro. “A atividade ficou muito próxima da estabilidade e praticamente não influenciou no resultado do setor de serviços. Mas é preciso lembrar que houve queda em janeiro, interrompendo uma sequência de nove taxas positivas seguidas, e, agora, a estabilidade”, destaca o gerente. A atividade, muito impactada pela pandemia, encontra-se num patamar 14,1% abaixo de fevereiro de 2020.

O destaque pelo lado das altas ficou com os transportes, que cresceram 2,0% em fevereiro. “Esse é o quarto mês seguido de crescimento, com ganho acumulado de 8,2% nesse período. Em fevereiro, o setor foi impulsionado pelo transporte rodoviário e ferroviário de carga”, explica Lobo. O setor de transportes encontra-se num patamar 14,2% acima de fevereiro de 2020.

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