Conforme o levantamento feito pelo FipeZap+, o preço do aluguel de residências teve alta nominal – que não considera a inflação – de 17,18% nos últimos 12 meses. No mês de março, a alta foi de 1,75%.
O aumento acumulado no período é três vezes maior do que a inflação oficial. Nos últimos 12 meses encerrados em março, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) é de 4,65%. Esta é a maior variação para o período desde dezembro de 2011.
O FipeZap+ apontou que todas as 25 cidades monitoradas tiveram aumento no valor do aluguel em 12 meses.
A cidade de São Paulo possui o preço médio de aluguel mais caro entre as capitais. O metro quadrado para locação de imóveis no mês de março chegou a R$ 47,06.
Na sequência, aparecem: Florianópolis (SC), com R$ 43,84; Recife (PE), com R$ 43,63; e Rio de Janeiro (RJ), com R$ 40,16.
Entre as variações, os destaques foram:
- Florianópolis: +36,75%;
- Goiânia: +31,53%;
- Curitiba: +23,64%;
- Fortaleza: +22,45%;
- Belo Horizonte: +21,07%;
- Rio de Janeiro: +20,23%.
O metro quadrado mais caro do país se situa na cidade de Barueri (SP), onde fica o bairro nobre de Alphaville. Em março, o preço médio de locação de imóveis é de R$ 51,86. Ou seja, o aluguel de um apartamento com 50 m² custa R$ 2.593.
Fora das capitais, Santos, no litoral paulista, tem a locação mais salgada. De acordo com o FipeZap+, o preço médio do metro quadrado no último mês foi de R$ 40,22. São José dos Campos (SP) e São José (SC) aparecem logo atrás, com R$ 34,94 e R$ 34,16, respectivamente.
Outros destaques
No primeiro trimestre de 2023, o índice de locação de residências subiu 4,63%. É mais do que o dobro da inflação nos três meses do ano, que foi de 2,09%.
Segundo Pedro Tenório, economista do DataZap+, o mercado de locação é suscetível à sazonalidade da renda, o que torna mais correto analisar os últimos 12 meses.
“Vemos uma estabilização do crescimento dos preços de locação durante os primeiros meses do ano”, observou o economista.
Tenório afirmou que, no início de 2023, notou-se que o aumento da taxa tem desacelerado, embora o crescimento dos preços de locação ainda continue alto.
“A expectativa é que o arrefecimento do mercado de trabalho acarrete em desaceleração dos preços de locação, ou seja, menor crescimento dos preços”, disse.
Os grandes centros ficam mais atraentes novamente pela possibilidade de socialização, juntamente com a permanência do home office após o período mais grave da pandemia de Covid-19. Consequentemente, isso impacta o preço dos imóveis.
“Outro fator fundamental para as grandes cidades é o peso que o comércio e serviços possuem na composição do emprego. O fim do distanciamento social permitiu a reabertura de um montante importante de vagas previamente fechadas, reoxigenando o mercado de trabalho de tais cidades.”, acrescentou Pedro Tenório sobre o cenário pós-pandemia.
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