Conforme dados divulgados ontem (30) pela Secretaria do Tesouro Nacional, a carga tributária do Brasil, que consiste na proporção entre os impostos pagos e a riqueza total do país, chegou a 33,71% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022. Este é o maior valor da série histórica, iniciada em 2010.
O percentual representa uma alta de 0,65 ponto percentual do PIB em relação à carga tributária registrada em 2021, que foi de 33,05%.
O Tesouro apontou que o aumento da carga tributária em 2022 foi causado pela elevação dos impostos sobre a renda, lucros e ganho de capital e também pelo próprio crescimento econômico registrado no ano passado, puxado pelo setor serviços.
A arrecadação do governo foi 0,86 pontos percentuais a mais na comparação anual.
O relatório do Tesouro também destacou o aumento de 0,62 pontos percentuais na receita com o IRRF (Imposto de Renda Retido na Fonte), “explicado principalmente pelo desempenho dos fundos e títulos de renda fixa”, beneficiados pela alta da Selic, a taxa básica de juros.
A perda para os governos estaduais foi de 0,34 pontos percentuais e os governos municipais cresceram 0,14 pontos percentuais.
O dado fechado da carga tributária ainda será divulgado pela Receita Federal até o meio do ano. Porém, por lei, o Tesouro já divulga uma prévia em março.
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