A taxa média de juros cobrada pelos bancos em operações com pessoas físicas e empresas teve um aumento de 0,7 ponto percentual em fevereiro ante janeiro, indo de 43,5% para 44,2%, o maior patamar desde agosto de 2017, quando estava em 45,6% ao ano.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Banco Central.
O juro médio, nesse caso, foi calculado com base em recursos livres – ou seja, não inclui os setores habitacional, rural e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Segundo o BC, a taxa média de juros cobrada nas operações com empresas recuou de 25,3% ao ano, em janeiro, para 24,2% ao ano em fevereiro de 2023. Já nas operações com pessoas físicas, os juros subiram de 56,6% ao ano, em janeiro, para 58,3% ao ano em fevereiro.
Na última terça (28), o diretor de Política Monetária do BC, Diogo Guillen, afirmou que desaceleração do crédito é esperada com a subida dos juros.
De acordo com Guillen, isso “faz parte do processo de condução da política monetária [elevação da Selic para conter a inflação] ao longo desse ano”.
Modalidades de crédito
Para as pessoas físicas, houve destaque para o cartão de crédito rotativo, para crédito pessoal consignado para trabalhadores do setor público e para aposentados e pensionistas do INSS. Essas modalidades apresentaram crescimentos de 4,6%, 1% e 1,1%, respectivamente.
O crédito rotativo do cartão de crédito pode ser acionado por quem não pode pagar o valor total da fatura na data do vencimento, mas não quer deseja inadimplente.
No cheque especial das pessoas físicas, a taxa subiu de 132% ao ano, em janeiro, para 137,4% ao ano em janeiro de 2023. Este é o maior patamar desde janeiro de 2020 (140,8% ao ano).
A taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo, por sua vez, avançou de 411,4% ao ano em janeiro para 417,4% ao ano em fevereiro. É o maior nível desde agosto de 2017 (428% ao ano).
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