Em reunião realizada nesta quarta-feira (22), o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) decidiu por elevar a taxa de juros em 0,25 ponto percentual (p.p.), para um intervalo de 4,75% a 5,00% ao ano.
Na última reunião, realizada em 1º de fevereiro, o BC já havia elevado os juros na mesma magnitude. Antes disso, foram quatro altas consecutivas de 75 pontos.
O mercado estava em dúvida se, nesta reunião, a instituição pretendia interromper os novos aumentos de juros, devido à pressão criada em bancos do país, ou até mesmo adiar a divulgação de novas projeções econômicas devido à nebulosidade das perspectivas.
Parte dos agentes do mercado acreditavam em uma pausa para tentar garantir a estabilidade financeira. Outra parte achava que o Fed aumentaria sua taxa básica de juros, pois dados da economia americana ainda estão fortes, pressionando a inflação.
Porém, no monitor dos juros do CME Group, a elevação em 25 pontos-base era esperada por 86,4% dos analistas.
A única vez que o Fed não publicou suas estimativas trimestrais foi em março de 2020, quando o início da pandemia de coronavírus colocou a economia à beira do colapso.
No início deste mês, ao prestar depoimento ao Senado americano, o presidente do Fed, Jerome Powell, deixou as portas abertas para uma aceleração da subida de juros nos EUA, sob a justificativa de um mercado de trabalho ainda bastante aquecido e de um custo de vida elevado no país.
Após sua fala, as expectativas de uma alta de até 0,5 ponto chegaram a bater a casa dos 70%.