No primeiro mês de 2023, 25% das famílias que moram na cidade de São Paulo se encontravam inadimplentes, segundo dados Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), publicada nesta terça-feira (14) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
O resultado ficou um pouco abaixo do registrado em dezembro de 2022 (25,5%). Porém, mesmo com a melhora, o porcentual registrado em janeiro de 2023 está acima dos 20,3% vistos no mesmo período do ano passado – representando aumento absoluto de quase 200 mil famílias com compromissos não quitados na data do vencimento.
Entre as famílias da capital paulista, 10% afirmam não ter condições de arcar com os valores, o que significa que 405 mil lares estão nesta situação – segundo maior nível da série história, iniciada em 2010.
Para aqueles com renda inferior a 10 salários mínimos, o número dos que dizem não ter condições de pagar foi o maior da série, totalizando 13,5%.
Tipos de dívida
A PEIC apontou que 73,1% das famílias paulistanas iniciaram o ano com algum tipo de dívida, com 2,95 milhões de lares compromissados com alguma modalidade de crédito.
O cartão de crédito segue no topo da lista dos tipos de dívidas dos consumidores da cidade de São Paulo, citado por 82,7% das famílias.
Na sequência estão os os carnês, com 16,2%; o financiamento de carro (12,6%); e o financiamento de casa (10,5%).
O levantamento aponta também que 19% dos consumidores afirmam que o PIX foi a forma de pagamento mais vantajosa das compras. Há um ano, este porcentual era de 5,5%.
Expectativas
Apesar do endividamento, o cenário de condições econômicas está mais favorável às famílias paulistanas.
Uma outra pesquisa feita pela FecomercioSP, o índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), registrou novo aumento em janeiro, de 3,1%. No confronto anual, a alta foi ainda mais significativa (34,3%).
O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) também seguiu na linha positiva e apontou crescimento de 2,1% em janeiro. Para a FecomercioSP, começar o ano com indicativos positivos para o bolso do consumidor traz ânimo à economia e aos empresários do comércio.
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