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Mapa da Riqueza: pandemia fez desigualdade crescer mais do que o esperado

Durante o período da pandemia de Covid-19, a perda de renda da classe média fez com que, mesmo com o pagamento do Auxílio Emergencial por parte do governo, a desigualdade de renda aumentasse no Brasil. Esse é uma das conclusões do estudo Mapa da Riqueza, desenvolvido pela Fundação Getulio Vargas.

Segundo o estudo, a desigualdade de renda no Brasil é ainda maior do que o imaginado.

“Essa é a principal conclusão unindo a base de dados do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) à da Pnad Contínua: o índice de Gini chegou a 0.7068 em 2020, bem acima dos 0,6013 calculados apenas a Pnad contínua”, afirmou a FGV em comunicado.

Utilizando a abordagem usual, o índice Gini teria caído de 0,6117 para 0,6013 durante a pandemia, já na combinação de bases o Gini, sobe de 0.7066 para 0,7068. A FGV explica que as perdas dos mais ricos (dos 1%+ foi -1,5%) foram menos da metade das da classe média (-4,2%).

Entre as regiões, o Distrito Federal continuou sendo a unidade da federação com maior renda per capita do país (R$3.148) e patrimônio declarado (R$94.684). Enquanto isso, o Maranhão, com respectivamente R$409 e R$6.329, se mantém como o mais pobre.

Contudo, a pesquisa mostrou que uma grande parte da população não chega nem mesmo a alcançar renda suficiente para declarar o imposto de renda: em 24 das 27 unidades da federação e 16 das capitais brasileiras, 80% ou mais da população não fez a declaração, indicando que tem renda menor do que R$2.000.

Quando o assunto é bolsões de riqueza pelo país, no Distrito Federal, os moradores do bairro Lago Sul tem renda média próxima dos R$40.000, e o patrimônio em torno de R$1,4 milhão – maior do que a renda de qualquer município brasileiro.

Entre os 20 municípios mais ricos do país com população acima de 50 mil habitantes, todos são nas regiões Sul e Sudeste. O primeiro lugar é ocupado por Nova Lima (MG), com renda média de R$8.897.

Enquanto os 10 mais pobres, também com população acima de 50 mil pessoas, ficam nas regiões Norte e Nordeste. Brejo da Madre de Deus (PE) tem a menor renda per capita, R$659.

Entre em contato com a redação Money Crunch: [email protected]

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