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FGV: Barômetros Globais crescem pela 1º vez desde novembro de 2022

Pela primeira vez desde novembro do ano passado, os Barômetros Globais, medidos pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em parceria com o Instituto Econômico Suíço KOF, da ETH Zurique, subiram de forma disseminada entre as regiões em fevereiro de 2023. O destaque ficou para a melhora do ambiente na região da Ásia, Pacífico e África.

Os barômetros econômicos globais consistem em um conjunto de indicadores que permite a construção de uma análise tempestiva do desenvolvimento econômico global.

O sistema é formado por dois indicadores compostos: um barômetro coincidente, que reflete o estado atual da atividade econômica, e um barômetro antecedente, que emite um sinal cíclico cerca de seis meses à frente dos desenvolvimentos econômicos reais.

Os resultados dos dois componentes são coletados a partir de pesquisas em 50 países.

Segundo Paulo Picchetti, pesquisador do FGV IBRE:

“O desempenho dos Barômetros Globais reflete os impactos imediatos e de perspectivas futuras do fim da política de COVID-zero na China sobre o nível de atividades na região e no restante do mundo. A intensidade da crise energética decorrente dos conflitos regionais na Europa aparenta ter sido menor que a inicialmente estimada, colaborando também para essas expectativas. No entanto, os desafios da política monetária ante à trajetória de aumentos de preços ao redor do mundo persistem, o que ainda não permite afastar a hipótese de alguma desaceleração do nível de atividades ao longo do ano.”

Barômetro Coincidente

Em fevereiro de 2023, o Barômetro Econômico Global Coincidente subiu 6,2 pontos, para 83,3 pontos. Com isso, recuperou quase 50% das perdas registradas nos três meses anteriores.

A principal contribuição para o resultado veio da a região da Ásia, Pacífico e África, com 5,0 pontos para a alta de 6,2 pontos do indicador Coincidente.

Na sequência, estão o Hemisfério Ocidental, com 0,8, e a Europa, com 0,5 ponto.

“A alta do indicador regional da Ásia, Pacífico & África reflete a reabertura da economia chinesa, com o fim da política de Covid zero, e o impacto desta abertura em outros países da região”, afirma um trecho do press release veiculado pelo FGV IBRE.

Todos os indicadores setoriais avançaram no mês – cenário que não era visto desde março de 2021. Entre os 5 setores, o de Serviços registrou o maior nível, pelo 3º mês consecutivo.

Barômetro Antecedente

O Barômetro Econômico Global Antecedente subiu ainda mais expressivamente, com uma alta de 11,2, ficando em 90,5 pontos em fevereiro – o maior nível desde março do ano passado.

Portanto, recuperou mais de 100% das perdas no mesmo período de comparação.

Assim como o outro indicador, o Barômetro Antecedente contou com a forte contribuição da região da Ásia, Pacífico e África, com 8,6 pontos para a alta.

A Europa e o Hemisfério Ocidental contribuíram no mesmo sentido, mas em menor magnitude, com 1,7 e 0,8 ponto, respectivamente.

Entre os setores, a alta foi generalizada, com destaque para a Indústria, com crescimento de quase 14 pontos no mês.

Assim como ocorreu no indicador Coincidente, a Construção teve o menor nível entre os setores, refletindo pessimismo para os próximos meses.

Entre em contato com a redação Money Crunch: [email protected]

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