O ano de 2022 registrou a maior demanda de ouro em 11 anos, de acordo com o relatório publicado nesta terça-feira (31) pelo Conselho Mundial do Ouro (WGC, na sigla em inglês).
A WGC pontuou que a alta de 18% foi motivada por “compras colossais de bancos centrais, auxiliadas por vigorosas compras de investidores de varejo e saídas mais lentas de ETFs”.
O crescimento levou a demanda para 4.741 toneladas, valor muito similar ao de 2011. O destaque do ano passado ficou no quarto trimestre, com 1.337 toneladas.
Por outro lado, no mesmo trimestre o consumo de joias diminuiu 3%, ficando em 2.086 toneladas. O relatório disse que esse movimento foi motivado pela alta do preço do ouro.
A demanda de investimento atingiu 1.107 toneladas (+10%) em 2022. A demanda por barras e moedas de ouro cresceu 2%, para 1.217 toneladas, enquanto as participações em ETFs de ouro caíram em uma quantidade menor do que em 2021 (-110 toneladas vs. -189 toneladas), o que contribuiu ainda mais para o crescimento do investimento total. As flutuações trimestrais na procura compensaram-se em grande medida ao longo do ano.
afirma um trecho do comunicado publicado pelo Conselho Mundial do Ouro
Com o segundo trimestre elevando a demanda dos Bancos Centrais (417 toneladas), as compras anuais no setor registraram uma alta de 55 anos, ficando em 1.136 toneladas.
Ainda no quarto trimestre, a demanda por ouro no setor de tecnologia teve a principal queda, resultando em um declínio anual de 7%. A WGC considera que isso foi causado pela deterioração das condições econômicas globais, que prejudicou a demanda por eletrônicos.
A oferta anual total de ouro cresceu 2% em 2022, indo para 4.755 toneladas. A produção nas minas subiu para uma alta de 4 anos, totalizando 3.612 toneladas.
Entre os destaques trazidos pelo relatório, estão:
- Investimento rápido no varejo elevando a demanda por barras e moedas para uma alta de nove anos;
- Demanda de ouro indiana permaneceu robusta em comparação com os níveis pré pandêmicos de longo prazo;
- A oferta total de ouro interrompeu dois anos de quedas sucessivas em 2022, impulsionada por ganhos modestos em todos os segmentos.
Entre em contato com a redação Money Crunch: [email protected]