Dados do Banco Central publicados hoje (28) indicam que a inadimplência em recursos livres no Brasil avançou em outubro para o nível mais alto em quase quatro anos.
Em meio ao alto custo dos empréstimos instalado após o agressivo ciclo de aperto monetário, a taxa de inadimplência em recursos livres aumentou para 4,20% em outubro. Em setembro, a taxa foi de 4,10%, a mais elevada desde agosto de 2018, quando foi de 4,22%.
Simultaneamente, o spread bancário no mesmo segmento ficou em 30,3%, de 28,6% em setembro.
O banco fez um alerta recentemente sobre riscos à estabilidade financeira do país em um eventual cenário de elevação de gastos públicos e incerteza sobre a trajetória de endividamento do governo, com impacto sobre prêmios de risco e expectativas de inflação.
O órgão também declarou que capacidade das pessoas físicas de pagar se deteriorou mesmo diante de indicadores melhores para a economia e o mercado de trabalho.
Em comparação com setembro, o estoque total de crédito no Brasil subiu 1,0% em outubro, a 5,215 trilhões de reais, correspondente a 54,9% do PIB (Produto Interno Bruto). Em 12 meses, a taxa desacelerou a 15,8%, de 16,4% em setembro.
Agora, o BC prevê aumento de 14,2% do crédito este ano.
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