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Boletim Focus: projeção para o IPCA de 2022 volta a subir depois de 17 semanas de queda

No Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira (31) pelo Banco Central, os analistas e economistas do mercado financeiro voltaram a subir a projeção de inflação para 2022 após uma sequência de 17 semanas de quedas.

Nos outros indicadores, a expectativa para o PIB se manteve, assim como a projeção para o câmbio e para a taxa básica de juros.

IPCA

Após 17 semanas em queda, a expectativa para a inflação pelo IPCA – índice de inflação oficial – em 2022 voltou a subir, ainda que marginalmente. De acordo com o Boletim Focus, a projeção para 2022 avançou de 5,60% para 5,61%, contra 5,74% há um mês.

A previsão para 2023 continuou em 4,94% e para 2024 permaneceu em 3,50%. Há quatro semanas, as medianas eram 5,00% e 3,50%, nessa ordem.

Considerando somente as 58 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 5,60% para 5,64%. Para 2023, variou 4,92% para 4,97%.

PIB

A projeção de alta do PIB de 2022 foi mantida em 2,76% para este ano, mas, para 2023, mas foi elevada, de 0,63% para 0,64%, a 5ª semana seguida de alta.

Considerando apenas as 28 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 cedeu de 2,78% para 2,74%. No caso de 2023, houve 28 atualizações nos últimos cinco dias úteis, com aumento da mediana de 0,70% para 0,76%.

O Relatório Focus ainda mostrou manutenção da projeção para o crescimento do PIB em 2024, em 1,80%. Para 2025, a mediana foi mantida em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,70% e 2,00%, nessa ordem.

Porém, o boletim indicou leve piora na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022. A mediana subiu de 58,50% para 58,60%, contra 58,40% um mês atrás.

A perspectiva para a relação entre resultado primário e o PIB deste ano se manteve em superávit de 1,00%. Há um mês, a mediana era de 0,90% do PIB. A relação entre déficit nominal e PIB em 2022 variou de 6,30% para 6,20%, contra 6,40% de quatro semanas antes.

O resultado primário consiste no saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Para 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB continuou em 62,95%, de 63,23% há um mês. A mediana para o déficit primário seguiu em 0,50% do PIB e, para o rombo nominal, permaneceu em 7,70% do PIB pela 14ª semana consecutiva. Os porcentuais eram os mesmos há quatro semanas.

Selic

As expectativa para a taxa básica de juros, Selic, foi mantida em 13,75% para este ano, o que representa 19 semanas de estabilidade. Para 2023, ficou em 11,25% pela oitava semana seguida. E, para 2024, está mantida em 8% há 16 semanas.

Já a mediana para o fim de 2025 permaneceu em 7,75%, repetindo a taxa de quatro semanas antes.

Considerando apenas as 52 respostas nos últimos cinco dias úteis, a expectativa para o juro básico no fim deste ano também seguiu em 13,75%. Para o término de 2023, as revisões feitas nos últimos cinco dias úteis não alteraram a mediana de 11,25%.

Câmbio

A estimativa para o dólar também está estável há 14 semanas, com cotação prevista em R$ 5,20 por US$ 1, tanto para 2022 como para 2023. 

Para 2024, a projeção caiu de R$ 5,11 para R$ 5,10.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Dessa forma, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

Entre em contato com a redação Money Crunch: [email protected]

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