Na manhã desta segunda-feira (17), o Banco Central informou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), tido como a “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB) do país, caiu 1,13% em agosto, a maior variação negativa para o indicador desde março de 2021, quando foi registrada uma queda de 3,6%.
O resultado reflete, portanto, uma queda na economia brasileira, já que no segundo trimestre deste ano, o IBC-Br havia observado uma alta de 1,2%. Porém, na comparação com o mesmo mês do ano passado, agosto observou uma expansão de 4,86% no IBC-Br.
Em 12 meses, o indicador subiu 2,08% e, no acumulado do ano (de janeiro a agosto), cresceu 2,76%.
O recuo de agosto ficou acima da expectativa de analistas consultados pela Reuters, que previam recuo de 0,5%.
Em julho, o IBC-Br surpreendeu após alta de 1,17%. Alguns economistas, porém, alertaram para o risco de desaceleração da atividade à frente.
O PIB consiste na soma de todos os bens e serviços produzidos no país. Quando cresce, significa que a economia vai bem e produz mais. Se o PIB cai, quer dizer que a economia está encolhendo. Ou seja, o consumo e o investimento total é menor. Porém, nem sempre a alta do PIB equivale a bem-estar social.
O IBC-Br é divulgado mensalmente pelo Banco Central, enquanto o PIB é divulgado a cada três meses pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ele serve de base para investidores e empresas adotarem medidas de curto prazo. Porém, não necessariamente reflete o resultado anual do PIB e, em algumas vezes, distancia-se bastante.
O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços). O valor incorpora a produção estimada para os três setores, acrescida dos impostos sobre produtos.
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