Em setembro, as vendas no varejo dos Estados Unidos registraram a mesma leitura do mês anterior, ficando em uma alta de 0,4%, segundo informações dadas pelo Departamento de Comércio do país nesta sexta (14).
O resultado foi inesperado, uma vez que a inflação elevada e o rápido aumento da taxa de juros provocaram queda da demanda por bens.
Economistas consultados pela Reuters projetavam um aumento de 0,2% nas vendas, com estimativas variando de um declínio de 1,1% até uma alta de 0,8%.
A queda nas vendas também se deve ao fato de que os gastos se voltam aos serviços. As vendas no varejo, que são em sua maioria de bens, não são ajustadas pela inflação.
Os cortes nos gastos com bens é resultado na compressão dos orçamentos de muitos norte-americanos, que estão vendo os custos com aluguel e saúde aumentando.
Excluindo automóveis, gasolina, materiais de construção e serviços alimentícios, as vendas no varejo aumentaram 0,4% no mês passado. O dado de agosto foi revisado para mostrar aumento de 0,2% dessa medida, em vez de estagnação como relatado anteriormente.
Economistas estimam que o crescimento dos gastos do consumidor foi provavelmente inferior a uma taxa anualizada de 1,0% no terceiro trimestre, após aumentar a um ritmo de 2,0% no período de abril a junho.
Mesmo assim, a expectativa é de que o PIB tenha se recuperado no último trimestre, após duas quedas trimestrais consecutivas, principalmente à medida que a desaceleração da demanda interna reduz as importações e deixa um estoque de mercadorias não vendidas nos armazéns.
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