Até o final de 2022, a inflação anual da Argentina poderá atingir 100,3%, segundo as previsões de analistas contidas na Pesquisa das Expectativas de Mercado, publicada na última quinta-feira (7) pelo banco central do país. Este resultado representa um salto de 5,3 pontos percentuais em relação à estimativa anterior.
A pesquisa também mostrou que a inflação mensal de setembro deve atingir 6,7%, ligeiramente abaixo dos 7% registrados em agosto.
Para o ano que vem, a projeção é de que a inflação atingirá 90,5%, também acima da estimativa anterior de 84,1%.
Em sua proposta de Orçamento, o governo da Argentina declarou que a inflação ficará em 60% no próximo ano.
Com a recessão econômica instalada no país, milhares de cidadãos foram às ruas na última semana em manifestações que exigiam ações para o combate da inflação alta e ajuda aos mais pobres.
No primeiro trimestre, a taxa de pobreza na Argentina caiu ligeiramente para 36,5%, contra 37,3% durante o segundo semestre de 2021, de acordo com dados oficiais.
Por outro lado, os analistas elevaram ligeiramente sua projeção de crescimento econômico para 2022
no país sul-americano de 3,6% para 4,1%.
O levantamento foi feito entre 28 e 30 de setembro com 39 participantes.
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