Na abertura do pregão desta quinta-feira (6), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras estava R$ 0,31 por litro abaixo da paridade de importação – uma baliza em relação aos preços internacionais -, segundo a Associação Brasileira das Importadoras de Combustíveis (Abicom).
Este é o maior valor desde o dia 4 de julho, quando foi registrado o preço de R$0,40 abaixo da paridade. A defasagem do preço do diesel, calculada pela Abicom em R$ 0,43 por litro, é a maior desde os R$ 0,52 por litro verificados no dia 28 de junho.
Naquele período, os preços registravam elevadas defasagens por dias consecutivos, em um sinal de que a Petrobras vinha segurando reajustes. Logo depois, o petróleo começou a cair no mercado internacional e a Petrobras promoveu uma série de cortes nos preços em suas refinarias.
Após a redução de impostos federais e estaduais sobre os combustíveis, os cortes intensificaram um movimento de queda nos postos.
Porém, no cenário atual, com o petróleo em alta, a estatal é pressionada a segurar reajustes até a o 2º turno das eleições. Para reduzir resistências, Caio Paes de Andrade, presidente da Petrobras, tenta substituir o diretor Financeiro da companhia, Rodrigo Araújo, por um nome mais alinhado ao governo.
Esta missão é dificultada pelo corte de produção da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), anunciado nesta quarta-feira (7).
Na visão de analistas do banco UBS, a medida deve manter o petróleo em alta por mais tempo. O mercado segue pressionado pela demanda para substituir o gás da Rússia e o fim do uso de estoques estratégicos na Europa, e pelo início de sanções contra importações russas em dezembro.
Portanto, os analistas do banco dizem que a expectativa é que a cotação do Brent, referência internacional negociada em Londres, fique acima dos US$ 100 por barril nos próximos trimestres.
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