O Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês) declarou nesta segunda-feira (3) que a tividade industrial dos Estados Unidos cresceu em setembro no ritmo mais lento em quase dois anos e meio. O PMI de manufatura do país caiu para 50,9 pontos, a menor leitura desde maio de 2020.
No mês anterior, o indicador registrava 52,8 pontos. A projeção de economistas consultados pela agência Reuters era de 52,3 pontos.
Parte da desaceleração na manufatura reflete a rotação dos gastos de bens para serviços. Dados do governo na última sexta-feira (30) mostraram que os gastos com bens manufaturados duráveis mal subiram em agosto, enquanto os gastos com serviços aumentaram.
Desde o mês de março, o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) aumentou sua taxa de juros de quase zero para a faixa atual de 3,00% a 3,25%. Na reunião de setembro, sinalizou que mais aumentos grandes estavam a caminho este ano.
Os custos de empréstimo mais altos estão diminuindo os gastos com itens de grande valor como eletrodomésticos e móveis.
Nas aberturas, o subíndice de novos pedidos da pesquisa ISM caiu para 47,1 no mês passado, também a leitura mais baixa desde maio de 2020, de 51,3 em agosto. Esta foi a terceira vez este ano que o índice contraiu.
Os pedidos em atraso também estão sendo reduzidos. Embora isso aponte para uma maior desaceleração na manufatura, também indica alívio nos gargalos da cadeia de abastecimento.
Com a melhora das cadeias de abastecimento, as pressões de inflação no portão das fábricas continuaram a diminuir. Uma medida de preços pagos pelos fabricantes caiu para 51,7, a menor desde junho de 2020, de 52,5 em agosto. A desaceleração contínua está sendo impulsionada pelo recuo dos preços das commodities.