De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Ministério do Trabalho, o mercado formal de trabalho apresentou em agosto a geração líquida (admissões menos demissões) de 278.639 empregos. No mês de julho, foram abertas 221.345 vagas (número com ajuste).
O dado de agosto é fruto de 2,051 milhões de admissões e 1,773 milhão de demissões. Porém, o valor deste ano representa uma queda de 25% em relação ao mesmo mês de 2021, quando foram abertas 388.267 vagas com carteira assinada.
Mesmo assim, o resultado veio acima do esperado pelo mercado. O consenso da estimativa pelo Refinitiv era de saldo de 268,7 mil vagas.
No acumulado de janeiro a agosto, o saldo do Caged já é positivo em 1,853 milhão de vagas. Nos oito primeiros meses do ano passado, houve criação líquida de 2,173 milhões de postos formais.
Embora seja perceptível uma desaceleração, considerando o estoque de empregos formais no país – ou seja, o total de pessoas empregadas com carteira – são 42,5 milhões de trabalhadores em agosto, o maior para o mês de toda a série do Caged, segundo o Ministério do Trabalho.
Aberturas por setores
A criação dos novos postos de trabalho em agosto foi mais uma vez puxada pelo setor de serviços, com abertura de 141.113 postos formais no mês.
Os setores que vieram na sequência foram:
- Indústria geral: 52.760 vagas;
- Comércio: 41.886 vagas;
- Construção: 35.156 vagas;
- Agropecuária: 7.724 vagas.
O salário médio de admissão ficou em R$ 1.994,84 em agosto, o mais alto desde fevereiro deste ano. O valor representa uma melhora de 1,52% na comparação com o mês de julho.
Este é o quarto mês consecutivo de ganho nos vencimentos iniciais médios do trabalhador, após um início de ano com retração salarial.
Vagas por estados
Todas as 27 Unidades da Federação obtiveram resultado positivo no Caged. O destaque na abertura de postos formais de trabalho foi em São Paulo, com 74.973 novas vagas.
Outros estados que também tiveram resultados positivos em termos absolutos foram:
- Rio de Janeiro: 30.838 vagas;
- Minas Gerais: 27.381 postos.
Na outra ponta, o estado do Piauí ficou com o menor saldo, com criação de 831 vagas em agosto. Mas ficou ao lado de:
- Amapá: 1.016 postos;
- Acre: 858 vagas.
Porém, em comparação com julho, os estados com maior variação de empregos foram Roraima, com a abertura de 1.081 postos, uma alta de 1,59%; Rio Grande do Norte, que criou 6.338 novas vagas (1,41%); e Amapá, com saldo positivo de 1.016 postos (1,35%).
Os estados com as menores variações relativas foram: Santa Catarina, com 10.223 postos, aumento de 0,43%; Rio Grande do Sul, com saldo positivo de 9.691, alta de 0,37%; e Piauí, um crescimento de apenas 0,27%.
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