Em anúncio divulgado nesta segunda-feira (26), a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) prevê que a economia mundial deve crescer 2,2% em 2023, uma redução de 0,6% em relação a previsão de junho.
Segundo a OCDE, “uma perda de estímulo econômico é visível a nível mundial, mas em particular na Europa”. Porém, mesmo assim, a organização manteve inalterada a previsão de 3% de crescimento mundial para 2022.
Intitulado como “Pagando o preço da guerra”, o relatório publicado pela OCDE reduz em 1,3 ponto a previsão de 2023 para a zona do euro, que deve crescer 0,3%. Isso se deve principalmente ao resultado de seu motor econômico, a Alemanha, que entraria em recessão com contração de 0,7%.
Ainda em 2023, os países do G20 avançarão ao mesmo ritmo da economia mundial (2,2%), após uma redução de 0,6 ponto da perspectiva para o grupo na comparação com junho.
Dentro do grupo, a OCDE diminuiu em 1,5 ponto a previsão para a Argentina, que deve crescer 0,4% no próximo ano, depois de um avanço calculado em 3,6% para 2022 (sem alteração) e de 10,4% em 2021.
Indo na mesma linha das previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) de julho, a organização projeta que o Brasil crescerá muito mais que as previsões iniciais, de 2,5% em 2022, quase dois pontos acima da estimativa de junho. O país deve avançar 0,8% em 2023 (-0,4 pontos em relação à previsão anterior).
O México segue a tendência do Brasil com um crescimento de 2,1% (+0,2) este ano e de 1,5% (-0,6 na comparação com junho) em 2023.
Conflito no Leste Europeu segue causando estragos
Com o conflito na Ucrânia, que deve continuar afetando a economia, em particular por seu impacto nos preços da energia e dos alimentos, a previsão de OCDE para a inflação mundial aumentou para 8,2% em 2022 e 6,6% em 2023.
O crescimento da economia dos Estados Unidos seria de 0,5% em 2023, sete décimos a menos que na previsão anterior, e o da China de 4,7% (-0,2).
Além disso, após uma contração calculada de 5,5% em 2022, a OCDE reduziu a estimativa para o próximo ano na Rússia, que deve registrar resultado negativo de 4,5% em 2023.
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