Fed eleva juros dos EUA em 75 pontos base; 5ª alta consecutiva

Em reunião realizada nesta quarta-feira (21), o Fomc, comitê de política monetária do Federal Reserve (banco central norte-americano) elevou a taxa de juros em 0,75 ponto percentual, com intervalo 3% a 3,25%. Este foi o terceiro aumento de 75 pontos base e a quinta alta consecutiva dos juros nos EUA.

A média das projeções dos dirigentes do Fed apontam para juros em 4,4% ao final de 2022. Dezessete oficiais da autoridade monetária veem juros entre 4% e 4,5%.

“Indicadores recentes apontam para um crescimento modesto nos gastos e na produção. Ganhos no mercado de trabalho têm sido robustos nos últimos meses e a taxa de desemprego permaneceu baixa. A inflação continua elevada, refletindo os desequilíbrios de oferta e demanda relacionados à pandemia, preços mais altos de alimentos e energia e pressões de preços mais amplas”

afirma o comunicado oficial

Já para o final de 2023, a projeção média é de juros em 4,6%. Para o final de 2024, a projeção é de 3,9% e de 2,9% ao final de 2025.

A mediana das projeções para o Produto Interno Bruto também caiu. Em junho, os dirigentes do Fed projetavam crescimento de 1,7% para a economia americana neste. Agora, esperam um avanço de 0,2%. Para 2023, a projeção caiu de 1,7% para 1,2% e em 2024 foi de 1,9% para 1,7%.

O anúncio do Fed também apontou para a continuidade da taxa de desemprego em níveis baixos este ano, indo de 3,7% para 3,8%. Em 2023, a expectativa para a taxa subiu de 3,9% para 4,4%. Para 2024, a mediana das projeções para taxa de desemprego foi de 4,1% para 4,4%.

O retorno da inflação para o centro da meta se mostrou mais distante.  A mediana das projeções para o índice IPC ao final de 2022 passou de 5,2% para 5,4%. Em 2023, foi de 2,6% para 2,8%. E para 2024, de 2,2% para 2,3%.

Às 15h30, o presidente do Fed, Jerome Powell, comentará a decisão e os rumos da política monetária norte-americana nos próximos meses. Analistas do mercado esperam que Powell deve voltar a falar sobre o aperto no mercado de trabalho a persistência da inflação.

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